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A consultoria Wood Mackenzie publicou um relatório no qual discorda de haver tempo para as metas de redução de emissões estabelecidas para 2030. Contudo, considera que com uma ação decisiva, ainda há tempo para atingir emissões líquidas zero até 2050. O  ‘Energy Transition Outlook’ analisa quatro caminhos diferentes para o setor de energia e recursos naturais – caso base da Wood Mackenzie (2,5 graus), cenário de promessas do país (2 graus), cenário de zero líquido 2050 (1,5 graus) e cenário de transição atrasada (3 graus).

Entre as principais conclusões, a consultoria destaca que são necessários US$ 78 trilhões de investimento cumulativos somente em fornecimento de energia, infraestrutura de rede, minerais críticos e tecnologias emergentes e upstream para atender às metas do Acordo de Paris.

A Wood Mac lembra que o forte crescimento das energias renováveis ​​é uma certeza e isso continuará em todos os cenários modelados nesta atualização. A capacidade de energias renováveis ​​cresce duas vezes até 2030 no caso base, aquém da promessa global feita na COP28 de triplicar as energias renováveis ​​até 2030.

A energia solar é a maior contribuinte de eletricidade renovável, seguida pela eólica, nuclear (incluindo reatores grandes e pequenos) e hidrelétrica. Juntas, a participação das energias renováveis ​​aumenta de 41% hoje para até 58% até 2030 e até 90% até 2050, dependendo do cenário.

Na avaliação da consultoria, a inteligência artificial e a construção de data centers são novos setores de crescimento, aumentando o consumo de eletricidade de 500 TWh em 2023 para até 4.500 TWh até 2050.

Apesar disso, o petróleo e o gás devem continuar desempenhando um papel no sistema energético global até 2050. A demanda por líquidos atinge o pico de 106 mb/d até 2030 no caso base, mas isso vem com uma variação de 12% em ambos os lados, dependendo do cenário. Isso destaca o grau de incerteza para a indústria de petróleo e gás, impulsionado pelo ritmo de penetração de VEs no transporte rodoviário, e-combustíveis no transporte marítimo e na aviação e bombas de calor industriais. A demanda permanece alta em níveis de 100 mb/d até 2047 no cenário de transição tardia, mas em um mundo líquido zero, cai rapidamente para 32 mb/d até 2050.

Contudo, a inovação melhorará a comercialidade da captura de carbono e do hidrogênio de baixo carbono e derivados, elevando a absorção para 6 Btpa e 0,45 Btpa até 2050.

Mas para que esses avanços ocorram, a ação política é crucial para ajudar a desbloquear a demanda por novas tecnologias e aumenta o fluxo de capital para todos os segmentos, incluindo cadeias de suprimentos e minerais críticos.

Isso porque considera que a eletrificação do sistema energético é a plataforma central da transição energética. No caso base da Wood Mackenzie, a substituição de combustíveis fósseis por eletricidade mais eficiente em termos de energia leva ao pico das emissões globais em 2027 e, subsequentemente, a uma queda de 35% até 2050.

E ainda, a demanda global de energia final deve crescer cerca de 14% até 2050. Para economias emergentes com populações crescentes e expansão, o crescimento é de 45%, enquanto a demanda em economias desenvolvidas atinge o pico no início da década de 2030 e entra em declínio. A relocalização da manufatura (cadeias de suprimentos, tecnologia limpa, chips semicondutores), hidrogênio verde e veículos elétricos apoiam o crescimento da demanda, particularmente nos EUA e na Europa.

O primeiro inventário global (GST), concluído na COP28 em novembro de 2023, exigiu que os países aumentassem suas ambições na próxima rodada de submissões de contribuições nacionalmente determinadas (NDC), prevista para 2025. O GST também descobriu que nenhum país importante estava no caminho certo para atingir suas metas de 2030. Isso deixa uma oportunidade tanto para correção de curso na próxima rodada de NDC quanto para metas maiores de redução de emissões para 2035.